Advogada acusada de matar ex-sogro e a mãe dele envenenados tinha consciência dos atos, aponta laudo

  • 15/04/2024
(Foto: Reprodução)
Realização do exame foi um pedido da defesa de Amanda Partata. Laudo diz destaca que mulher “claramente” agiu de forma organizada e planejada para praticar o crime. Amanda Partata acusada de envenenar matar o ex-sogro e a mãe dele em Goiás Reprodução/Redes Sociais Um exame de insanidade mental constatou que a advogada Amanda Partata Mortoza, de 31 anos, acusada de matar o ex-sogro e a mãe dele envenenados, tinha plena consciência do que estava fazendo quando ofereceu alimentos contaminados às vítimas, em Goiânia. O laudo, obtido com exclusividade pela TV Anhanguera, destaca ainda que Amanda “claramente” agiu de forma organizada e planejada para praticar o crime. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram “Nosso entendimento é que a periciada (Amanda) era plenamente capaz de se determinar sobre seus atos. (...) Em seus atos, claramente, podemos observar características de planejamento, premeditação e os cuidados para que sua intenção de cometer o ato ilícito não fosse descoberto”, dizem trechos do laudo. A realização do exame foi um pedido da defesa de Amanda, ao qual a Justiça aceitou no início do mês de abril. O g1 entrou em contato com os advogados da acusada para pedir um posicionamento sobre o resultado, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem. LEIA TAMBÉM: Tudo sobre o caso: Veja o que se sabe sobre caso da advogada suspeita de matar o ex-sogro e a mãe dele envenenados em Goiânia Veneno pela internet: Advogada denunciada por matar o ex-sogro e a mãe dele comprou veneno pela internet por menos de R$ 65, diz polícia MOTIVAÇÃO: Advogada matou ex-sogro e mãe dele após se sentir rejeitada por término de namoro que durou menos de 2 meses, diz delegado Mulher que envenenou o ex-sogro e a mãe dele em Goiás fez compras antes do crime O exame foi feito pela junta médica do Tribunal de Justiça de Goiás. Além de entrevistar Amanda, os médicos também ouviram a mãe dela, para entender como era o comportamento da advogada desde a infância. A conclusão é que, a partir do ponto de vista psiquiátrico forense, ela não apresenta qualquer limitação cognitiva, retardo mental, além de também não ter sido identificado qualquer evidência de doença mental. O resultado do exame será anexado ao processo e Amanda deve continuar respondendo ao processo de duplo homicídio qualificado e dupla tentativa de homicídio. Relembre o caso Leonardo Pereira Alves e a mãe Luzia Tereza Alves Reprodução/Redes Sociais Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Alves, de 86, morreram depois de terem sido envenenados com bolos de pote. A motivação dos homicídios se deu pelo sentimento de rejeição dela com o fim do namoro de 1 mês e meio com o filho de Leonardo. Investigações indicam que a advogada tinha vontade de causar no ex o maior sofrimento possível. O envenenamento aconteceu no dia 17 de dezembro de 2023, quando Amanda foi até a casa da família do ex-namorado levando um café da manhã, com pão de queijo, biscoitos, suco e bolos de pote. Conforme as investigações, como a denunciada fingia que estava grávida do filho de Leonardo, era bem aceita na família. Antes do crime, segundo as investigações, a advogada comprou 100 ml de um veneno e aplicou em dois bolos de pote. A quantidade, conforme a perícia, é suficiente para matar várias pessoas. Amanda também pesquisou na internet por "qual exame de sangue detecta" o veneno, "tem como descobrir envenenamento" e se a substância que ela colocaria nos potes tinha gosto. Pesquisas feitas na internet pela Amanda Partata; borrões referem-se ao nome do veneno utilizado e localização. Divulgação/Polícia Civil Em depoimento, o tio do ex-namorado de Amanda, de 60 anos, afirmou que se recusou a comer o bolo de pote oferecido pela advogada porque perderia o apetite para o almoço. Já o marido de Luzia, de 82 anos, disse que não comeu por ter diabetes. Em depoimento à Polícia Civil, o idoso revelou que a esposa também tinha a doença e que chegou a pensar em pedir que Amanda não desse o doce para Luzia. Mas segundo ele, como sempre foi muito simples, não teve coragem de desagradar a advogada. O idoso também disse que viu a esposa e o filho ‘agonizarem de dor’ após comerem bolos envenenados. Perícia A perita criminal Mayara Cardoso informou que foi realizado um exame toxicológico em amostras coletadas no local do crime e amostras retiradas dos corpos das vítimas. Ao todo, foram feitos mais de 300 testes para agrotóxicos, remédios e outras substâncias - todos apontaram negativo. Após a polícia ter acesso à nota fiscal da compra do veneno, a perícia conseguiu testar e confirmar a presença dele nos corpos de Leonardo e Luzia. O nome da substância não foi divulgado. Comprovante do pedido do veneno; Mesmo número que consta na caixa de papelão que ela recebeu no hotel em que estava hospedada um dia antes do crime Divulgação/Polícia Civil Pela câmera do elevador do hotel onde Amanda estava hospedada, em Goiânia, a polícia conseguiu registrar imagens de quando ela recebeu uma caixa de papelão de um laboratório, onde possivelmente, segundo a polícia, estavam as doses do veneno (veja foto acima). Veja abaixo os crimes que Amanda é acusada: Homicídio consumado triplamente qualificado (pelo motivo torpe, emprego de veneno e dissimulação) contra Leonardo Pereira Alves, pai do ex-namorado de Amanda. Homicídio consumado triplamente qualificado (pelo motivo torpe, emprego de veneno e dissimulação) e agravado pela idade contra Luzia Alves, avó do ex-namorado de Amanda. Homicídio tentado duplamente qualificado (pelo motivo torpe e pelo emprego de veneno) praticado contra o tio do ex-namorado de Amanda. Homicídio tentado duplamente qualificado (pelo motivo torpe e pelo emprego de veneno) e agravado pela idade da vítima contra o avô do ex-namorado de Amanda. 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás. 📱 Participe dos canais do g1 Goiás no WhatsApp e no Telegram. Amanda Partata, presa suspeita de matar ex-sogro e mãe dele em Goiânia Goiás Reprodução VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

FONTE: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2024/04/15/advogada-acusada-de-matar-ex-sogro-e-a-mae-dele-envenenados-tinha-consciencia-dos-atos-aponta-laudo.ghtml


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