Pastor Davi Passamani é condenado a pagar indenização de R$ 50 mil por assédio a mulher chamada de 'sonsa' por desembargador

  • 27/03/2024
(Foto: Reprodução)
Valor será destinado a instituições que acolhem mulheres vítimas de violência. Desembargador que chamou vítima de 'sonsa' aceitou pedido de indenização. Pastor Davi Passamani, Goiás Reprodução/Instagram O pastor Davi Passamani foi condenado nesta terça-feira (26) a pagar uma indenização de R$ 50 mil por assédio contra uma mulher que foi chamada de 'sonsa' por um desembargador. Segundo a defesa da vítima, o valor será destinado a instituições que acolhem mulheres vítimas de violência. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram O g1 não havia localizado a defesa de Passamani para pedir um posicionamento, até a última atualização desta matéria. Davi é fundador da igreja A Casa, em Goiânia, e renunciou ao cargo de presidente e líder religioso em dezembro de 2023, após ser acusado de importunação sexual por outra mulher. A vítima do processo julgado nesta terça-feira (26) pediu uma indenização de R$ 100 mil do pastor por danos morais. No pedido, ela descreve que começou a frequentar a igreja de Passamani em 2017 e, em dezembro de 2018, recebeu mensagens e ligações de vídeo do pastor com intuito sexual. Após procurar a direção da igreja e ser orientada a “perdoar” o pastor, a vítima decidiu recorrer à justiça. Segundo a defesa dela, o pedido de indenização foi negado pela juíza de primeiro grau, após o voto contrário da relatora do caso. Para a defesa da vítima, a relatora e a juíza tiveram uma “análise equivocada e desassociada das provas”. LEIA TAMBÉM Desembargadores chamam vítima de 'sonsa' em audiência de caso de assédio envolvendo pastor Davi Passamani Pastor Davi Passamani renuncia ao cargo após ser acusado por fiel de importunação sexual Pastor é suspeito de assédio sexual contra veterinária que frequentava a mesma igreja, em Goiânia Magistrados descredibilizam mulher em análise de assédio sexual envolvendo Davi Passamani A defesa recorreu e o pedido foi analisado pelo desembargador Silvânio Divino, que chamou a vítima de “sonsa” durante uma primeira sessão no último dia 19 de março. Na ocasião, o desembargador Jeová Sardinha também chamou de “modismo” temas de assédio moral, sexual e racismo. Nesta primeira sessão, Divino, o último dos cinco desembargadores a votar, ainda pediu mais tempo para análise do pedido. O voto dele em uma segunda sessão nesta terça-feira (26) desempatou o julgamento e condenou o pastor a pagar a indenização. Em nota, Divino justificou que teria feito questionamentos na busca de amadurecer e compreender o caso em questão. Já Sardinha disse que reconhece a seriedade do tema e que a intenção, naquele momento, era ressaltar a importância de uma análise cuidadosa e contextual de cada caso. Apesar das falas, segundo a defesa da vítima, Divino aceitou o pedido na segunda sessão. “[Passamani] foi condenado a pagar indenização por danos morais pela ocorrência de assédio moral, no contexto de violência contra dignidade sexual”, explicou a advogada Taísa Steter. 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás. 📱 Participe dos canais do g1 Goiás no WhatsApp e no Telegram. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

FONTE: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2024/03/27/pastor-davi-passamani-e-condenado-a-pagar-indenizacao-de-r-50-mil-por-assedio-a-mulher-chamada-de-sonsa-por-desembargador.ghtml


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